sexta-feira, 29 de julho de 2011
02:43
Que mania que a gente tem de deixar tudo pro amanhã. Vai ver por isso eu tenha uma insônia que me acompanha, que não deixa o hoje terminar.. pra que o meu amanhã não seja mais amanhã e assim, possa ser adiado também.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Achei um cara pelo qual eu estou nutrindo uma severa inveja. Ele tem o poder de se camuflar, ficando invisível. Coisa esta que eu adoraria fazer. Só que na verdade, esse é o trabalho dele. Uma arte que tem como inspiração algo bem mais sólido do que apenas vontade.
Seu nome é Liu Bolin, chinês e ele diz:
“Minha resistência à força dos governos me fez experimentar a vida de pessoas sem status social, sem emprego, sem família, sem renda e essa foi a razão emocional que comecei minha série de obras. No meu trabalho, o artista está se escondendo para restaurar suas forças e para se proteger. Quero transmitir a experiência chinesa como eu conheço, onde o conceito de artistas como os seres humanos já foi negligenciado."
Seu nome é Liu Bolin, chinês e ele diz:
“Minha resistência à força dos governos me fez experimentar a vida de pessoas sem status social, sem emprego, sem família, sem renda e essa foi a razão emocional que comecei minha série de obras. No meu trabalho, o artista está se escondendo para restaurar suas forças e para se proteger. Quero transmitir a experiência chinesa como eu conheço, onde o conceito de artistas como os seres humanos já foi negligenciado."
quarta-feira, 20 de julho de 2011
terça-feira, 19 de julho de 2011
Não sei dizer ao certo de que espécie eu sou. Reluto em dizer e ouvir: humana. Tal raça que antes se distinguiu pelas faculdades - abstração e concepção - hoje, ao que me diz respeito - se avulta em ignorância. E nisso somos competentes. Não sugiro aqui a burrice, mas me refiro ao fato de sermos, todos, extremos ignorantes. Justamente por ignorarmos. Ignoramos tudo. O lixo de todos os dias. A demora ao tomar banho. A violência crescente e mútua. A mão que pede esmola. A comida que jogamos fora. Os esgotamentos dos recursos primários e singulares. O caos.
Nós ignoramos o caos.
Afim de proporcionarmos a nós mesmos a sensação de controle, pela falta de conhecimento. Não há como fugir das notícias que nos chegam revelando o que acontece no mundo real das pessoas que sofrem, logo, tomamos a decisão mais rápida: a subtração. Não prestamos atenção em nada que promova a queda da inércia. Porque isso nos satisfaz. E de certa forma, nos coloca em paz com o que chamamos de consciência.
O que eu vejo são pessoas que lêem mas não incluem. Pessoas que assistem e não enxergam. Se eximem de culpa ou qualquer responsabilidade, pois fingir não saber, sentir e ver, permite o que adotamos por impotência. É participar de todo o resto não tomando partido de nada, até que esse nada pertença à você e te encoste. Caso contrário, o máximo que sentimos é contentamento. Digo isso, em relutas. Mas digo sabiamente, ao mundo que observo, penso: Notícia ruim no jornal das nove. Escute-mos. À seguir, concluímos um raso raciocínio:" Ainda bem que é longe. Não aconteceu comigo. Temos até um clássico - não usado por todos, porém naturalmente aplicado - Deus me livre". Com certeza, é bem melhor do que ter aquele sentimento de tomar a pílula vermelha e pensar, por um eterno instante, porque não pegou a azul.
O caos está nas cidades. Nos telefones. Nos controles remotos. Nos filmes. Nos livros. Nas esquinas. Nos esgotos. Nos status. Na publicidade. Na sua caixa de correio. Na rede social. Em mim e em você. Transpondo - se diante de cada indolência. A ignorância deve ser mesmo uma benção. Somos todos inumanos.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
sábado, 16 de julho de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
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